terça-feira, 15 de julho de 2014

Coração vazio é um perigo!



Viver sozinha têm sido mais difícil do que eu realmente imaginei que seria. Nunca pensei que um dia admitiria que não sou tão independente emocionalmente quanto pensei que fosse, não tenho, de fato, me reconhecido. Tenho escutado umas músicas românticas e chorado baixinho. Tenho lido romances e sentido saudades. E há também vezes em que eu durmo com o celular embaixo do travesseiro esperando uma ligação no meio da madrugada que, aliás, nunca chega. Parece amor, né? Mas na verdade é a falta dele. A falta de amor tem me matado aos poucos. Tem me deixado desesperada por qualquer faísca, por menor que seja, de sentimento. O coração vem se mantendo vazio e ainda não existiu pior coisa que um coração vazio. Se entrega pra qualquer palavra bonita, qualquer milésimo de atenção, qualquer curtida em rede social, fica desesperado por mensagem de texto, convites no meio da semana (somente no meio da semana, o que deveria fazer ele perceber que está sendo usado como distração para outro coração, mas não faz), por qualquer transa sem graça. E seu subconsciente, de maneira até inconsequente, confunde tudo isso com amor e insiste em tratá-lo assim. Pode ser que um dia seja e eu espero que sim, porque amor é fundamental, é de graça e, na maioria das vezes, traz bons ventos. Coração não deveria ficar vazio nunca! Coração vazio é confuso, triste, bipolar. O vazio é incomodo, buraco que parece ser preenchido com finais de semana e feriados e que parece cada vez mais fundo nos dias da semana. ''Vai lá, preenche com amor próprio'' Amor próprio é essencial, mas não deveria bastar a ninguém. Não me basta. Não basta ao coração. Ninguém jamais deveria usar o amor próprio como desculpa para não amar ao outro. As pessoas não deveriam se ''auto-bastar''. A realidade é que corações existem para ser preenchidos e precisam disso! Não entra nessa de manter o coração vazio. Coração vazio é um perigo! 


Nathalia Pereira

sábado, 10 de maio de 2014

VIVO(a) OU MORTO(a) - Meu reino por uma pessoa interessante



Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas tô falando dos de "fabricação em série". Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia. Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult, desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de "tô no meu mundo, fique no seu".

Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar "se são meus amigos, logo devem ter amigos interessantes". Infelizmente, essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.

Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi, tô mais do que fora. Baladas playbas com garotas praianas hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de ser meigas com o desejo de ser manos com o desejo de ser patos) e rapazes garotos-propaganda Adidas com cabelinho playmobil, também tô fora. MUNDO IDIOTA. O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram "tristeza não tem fim, felicidade sim" no ombro do amigo têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha superdescolado só porque tirou a gravata e porque fala tudo metade em inglês, ao estilo "quero te levar pra casa, how does it sound?" Para dançar, os muquifos eletrônicos alternativos são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo.

Tô procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra. Minha mais recente descoberta são as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana. Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia, quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas.

Orkut, MSN, chats. me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê. E eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo o mais idiota de todos? Foi então que eu descobri.

Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.

A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?
Tati Bernardi

domingo, 20 de abril de 2014




Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

Martha Medeiros

Do ex amor da sua vida.



Olá,
Como você está? Como tem sido teus dias? Olha, pode não parecer, mas sua felicidade ainda é importante pra mim. Mesmo depois de toda essa bagunça que ficou entre a gente. Um monte de coisas acumuladas, uma dorzinha no peito e muitas palavras não ditas, mas creio que agora seja muito tarde para dizê-las. Você realmente seguiu a vida e esqueceu os nossos momentos e olha só que ironia, a mulherona-poderosa-independente-fria aqui, não. Jurávamos que eu seria a primeira a esquecer, lembra? Mas é claro que não. Segui em frente, mas não esqueci. Me faço de forte, mas talvez não seja tanto. Lembra quando você fuxicava meu blog e me deixava morrendo de vergonha quando identificava algum texto pra você? Então, esse também é. Foram muitos momentos, alegrias, choros, saudades...E continua sendo. Sigo em frente, mas dou uma olhadinha pra trás as vezes e seria impossível te esquecer assim, de uma hora pra outra. Você estava lá, sempre esteve e ficou por muito tempo. É estranho olhar pro lado e não ver você. Eu juro que estou feliz, estou seguindo a vida e tenho me acostumado com a tua ausência. Mas de vez em quando ainda bate uma saudade de você. Eu errei, você errou, nós erramos e que Deus nos perdoe porque nós mesmo não conseguimos fazer isso. Ficou mágoa, eu sei. Mas ficou amor também. E eu espero do fundo do coração que ambos passem e que eu consiga fazer como você tem feito. Fica bem, cuida do teu coração e não esquece do quanto você me fez bem, do quanto eu sempre serei grata e sua...

Com carinho.
Do ex amor da sua vida.

(Nathália Pereira)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Então me deixa.


Então me deixa. Vai lá, me deixa. Me deixa ser feliz, ser mais leve, ser o que eu realmente sou. Deixa que siga o caminho que desejar, que eu conquiste o que eu quiser, que eu vista o que escolher. Me deixa ficar assistindo TV em casa, deixe que eu engorde 1 ou 2 quilos por estar comendo o que eu gosto. Deixe-me aqui, indecisa, escolhendo que profissão seguir, qual festa ir, a quais amigos ligar. Deixe que eu tome minhas próprias decisões, que eu erre pra aprender, me veja errar. Mas por favor, não tente tomar o rumo da minha vida. Não me deixe, se quiser. Esteja na minha vida, presente, porém, jamais tome posse dela. Eu sou feliz sozinha, com você sou feliz um pouco mais. Esteja na minha vida, faço questão, mas não ache que ela depende de você. Não tente me controlar, por favor. Ah! E saia quando quiser também. Só não espere encontrar a porta aberta na volta. Eu sou assim: Vivo bem sozinha, vivo ótima com você, mas sem você, ainda vivo bem. Então não me deixa desistir de você, não me dê motivos. Só me deixa aqui de bobeira. Fique aqui de bobeira comigo também... Se quiser!

(Nathália Pereira)

sábado, 20 de outubro de 2012

A sorte de um amor tranquilo.


Ei, eu queria te pedir obrigado do fundo do coração. É até estranho, as pessoas não me reconhecem mais, nem eu mesma me reconheço. Nem lembrava como se escrevia ''coração'' antes de você chegar. Nunca mais havia tido necessidade de agradecer alguém do ''fundo do coração''. Meu coração nem tinha mais fundo, estava tão rasinho o coitado, até você chegar e ir fazendo com que ele se aprofundasse cada vez mais, fazendo caber todo o amor que você tem me dado, fazendo com que ele fosse acumulando lembranças boas, a paz desse amor sereno. E tudo que me resta é agradecer. Tenho estado feliz, querendo ser feliz, querendo ver a felicidade no rosto de outras pessoas e principalmente no seu. Tenho parado pra admirar as pequenas coisas também, como quando você sempre falava como é delicioso o barulhinho de chuva caindo na telha e eu dizia que era bobagem, e agora eu entendo, paro e ouço e tenho que admitir: não há música melhor do que a melodia que a chuva compõe quando cai na telha. E todo vez que chove, eu penso em você. E quando faz sol também. E também quando o tempo está ameno. E de dia, de noite, a tarde. Tenho pensado em você. Pensado muito. Não do tipo que se pensa as vezes quando gostamos de alguém, mas do tipo quando se ama. Olha só, eu não me reconhecendo de novo: admito, estou amando. Amando sorriso, boca, olhos, dentes, coração. Cada detalhe, cada bobagem, cada segundo. Estou amando estar do seu lado, poder dividir com você tudo que há de bom, de bonito na reciprocidade. Podem abolir todas as minhas frases do quanto o amor é medíocre, do quanto ele faz mal a saúde, do quanto eu o queria afastado de mim, pois no momento, me contradigo em todas elas. E você tem me feito entender o porquê de não ter dado certo antes com ninguém. Era pra ser você e tem sido. Tem deixado o coração feliz, saudável, manso. Apesar de cheio, tranquilo. Obrigado pela sorte de um amor tranquilo.

Nathália Pereira

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Quem diria?


E lá estávamos, perdidos em um lugar qualquer, recém-saídos de relacionamentos fracassados, saindo com os amigos pra esquecer e repetindo aquela velha e conhecida frase: ''Nunca mais vou me envolver''. Quem diria hein! Cartomante nenhuma conseguiria prever que nossos caminhos se cruzariam. Uma bandinha desafinada de rock como música de fundo, crianças gritando e correndo de um lado para o outro, adolescentes bêbados fazendo babaquices no meio da rua. A festa de rua mais entediante em que eu já estive na vida. Uma vontade de sair correndo dali, um desejo imenso de deitar na minha cama e esquecer aquele sábado falido. ''Fica mais 5 minutinhos amiga.'' O que eu não faço pelos meus amigos? E lá fui eu, ficar mais 5 longos minutinhos. E então você chegou. Um ex-colega de classe da minha amiga. E quem diria hein, rolou química logo aonde não era pra rolar. E eu esqueci completamente da frase que eu vinha repetindo fazia 2 semanas ''Nunca mais vou me envolver, nunca mais vou me envolver''. E eu me envolvi. Me envolvi demais. Até mais do que deveria. E com o passar dos dias veio aquela vontade louca de se ver , de ligar toda hora, de sorrir largo lendo mensagens bobas. E olha só, chegamos aonde tanto temíamos chegar: ao amor. Sabe, agora eu entendo porque os outros não deram certo: era pra ser você, Deus destinou desde sempre que fosse você. E se eu não tivesse ficado mais 5 longos minutinhos? E se você tivesse passado pela outra calçada? E se eu tivesse indo a outra festa? ''E se, e se''.  Tudo foi escrito, pré-destinado e preparado nos mínimos detalhes para que desse certo. E tem dado. Tudo com muita paz. E tem sido especial desde o primeiro segundo, tem valido a pena desde os 5 longos minutinhos. E há de continuar sendo. Porque quando há amor e reciprocidade, não falta mais nada. E se faltar, a gente inventa.

(Nathália Pereira)