sábado, 20 de outubro de 2012

A sorte de um amor tranquilo.


Ei, eu queria te pedir obrigado do fundo do coração. É até estranho, as pessoas não me reconhecem mais, nem eu mesma me reconheço. Nem lembrava como se escrevia ''coração'' antes de você chegar. Nunca mais havia tido necessidade de agradecer alguém do ''fundo do coração''. Meu coração nem tinha mais fundo, estava tão rasinho o coitado, até você chegar e ir fazendo com que ele se aprofundasse cada vez mais, fazendo caber todo o amor que você tem me dado, fazendo com que ele fosse acumulando lembranças boas, a paz desse amor sereno. E tudo que me resta é agradecer. Tenho estado feliz, querendo ser feliz, querendo ver a felicidade no rosto de outras pessoas e principalmente no seu. Tenho parado pra admirar as pequenas coisas também, como quando você sempre falava como é delicioso o barulhinho de chuva caindo na telha e eu dizia que era bobagem, e agora eu entendo, paro e ouço e tenho que admitir: não há música melhor do que a melodia que a chuva compõe quando cai na telha. E todo vez que chove, eu penso em você. E quando faz sol também. E também quando o tempo está ameno. E de dia, de noite, a tarde. Tenho pensado em você. Pensado muito. Não do tipo que se pensa as vezes quando gostamos de alguém, mas do tipo quando se ama. Olha só, eu não me reconhecendo de novo: admito, estou amando. Amando sorriso, boca, olhos, dentes, coração. Cada detalhe, cada bobagem, cada segundo. Estou amando estar do seu lado, poder dividir com você tudo que há de bom, de bonito na reciprocidade. Podem abolir todas as minhas frases do quanto o amor é medíocre, do quanto ele faz mal a saúde, do quanto eu o queria afastado de mim, pois no momento, me contradigo em todas elas. E você tem me feito entender o porquê de não ter dado certo antes com ninguém. Era pra ser você e tem sido. Tem deixado o coração feliz, saudável, manso. Apesar de cheio, tranquilo. Obrigado pela sorte de um amor tranquilo.

Nathália Pereira

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