Eu te aceitaria de volta

Digo que não sinto mais nada por você, mas um sorriso meio bobo me entrega quando alguém fala o seu nome. Eu sinto sua falta sim, admito. Sinto falta dos seus beijos e do seu lado bobalhão que me fazia rir. Aliás, meus risos nunca mais foram os mesmos sem você.  Você aparece e some, bagunça minha vida, destroça minha mente, pertuba meus pensamentos e vai embora, assim, como se nada tivesse acontecido. E me cumprimenta na rua como se fossemos amigos, como se não tivessemos tido um história, uma fase. A fase mais bonita da minha vida, eu sei, você sabe. Mas foi uma fase, como qualquer outra, como um jogo de video-game. Jogamos, nos aperfeiçoamos, aprendemos, mas passamos de fase. A saudade fica, é claro, mas não deveria ser assim tão grande e o ciúme não deveria ser assim tão forte. É engraçado essa mania que eu tenho de sentir ciúme do que não é meu, tipo você. Porque você não é e nunca foi meu. Se fosse, teria voltado. Mas vai dizer isso pro coração pra ver se ele se convence!? Que nada! Eu gostei muito de você e estaria mentindo se dissesse que não gosto mais. Você me fez feliz e, mesmo sem saber, ainda me faz. E, apesar de tudo, eu ainda espero que você entre pela mesma porta em que saiu e eu ainda vou te aceitar de volta. Não deveria, mas vou. É errado, eu sei. Mas eu te aceitaria de volta, mesmo que eu tivesse que te perdoar um milhão de vezes e escutar mais um milhão de falsas promessas, eu ainda te aceitaria e fingiria acreditar em todas elas. Porque você me faz falta, me faz inteira. Eu não sei ser metade, não sei acordar no meio da noite e não ter pra quem mandar sms, não sei andar pelas ruas se não tiver segurando as suas mãos e muito menos me sentir aquecida se não estiver perdida em seus braços e abraços. Eu preciso te dar todo esse amor que vem se acumulando em mim durante anos, remendar o coração devido a essas idas e vindas e fazer você vir, pra nunca ir. Eu preciso te amar. Mas do que tudo, eu preciso de você.

(Nathália Pereira)