domingo, 15 de maio de 2011


Eu preciso escrever, preciso transformar o sentimento em palavras. Mas que sentimento? sobre quem? Nem eu sei mais. Não sei mais o que sinto, nem por quem sinto. E me vem um aperto no peito, uma confusão na cabeça, sobre o que escrever, sobre quem escrever, em quem pensar? Não sobrou nada. Nadinha. Não penso mais em ninguém, não sofro mais por ninguém, não escrevo mais sobre ninguém. O amor no meu dicionário está fora de cogitação. E esse aperto no peito que mata. Não gostar de ninguém dói, sabia? Dói, e muito! Não ter em quem pensar, não ter a quem amar, mesmo que seja platônicamente. E daí se amar dói? mesmo que doa, ainda é amor. O amor faz falta. Não conseguir amar, dói. Deve ser o coração se recusando a cuidar de novas feridas. E essa necessidade de amor machuca o peito, dá um vazio inexplicável. Jamais diga que não quer amar novamente porque o amor te feriu, porque acredite: é melhor sentir dor, do que não sentir nada.

(Nathália Pereira)

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