segunda-feira, 16 de julho de 2012

A difícil arte da convivência



Distância não mata. Distância dá saudade, dá vontade, dá aperto. Quanto maior a distância, maior o sentimento. Porque amar é ótimo, agora conviver dá um trabalho danado. Haja paciência pra aguentar os seus defeitos e os do outro, haja coragem pra além de carregar seus medos, ter de enfrentar junto os medos do outro. Vai ver se você vai lembrar do tal do amor quando ele deixar as cuecas espalhadas no chão do banheiro. Ou quando ele não atender o telefone porque está com amigos. Ou ainda, quando você quiser sair e ele quiser ficar em casa. Haja jogo de cintura pra driblar os imprevistos. Viver sozinha não é fácil, imagine viver a dois. Aí o tempo passa e o amor vai desgastando. Vai de vivendo a sobrevivendo. E já não parece mais o mesmo sentimento do início. E quando se dão conta, a relação já se rompeu sozinha, sem culpas. Passam-se semanas e você começa a sentir falta das cuecas, dos medos, do telefonema não correspondido, das tardes de sábado em frente a tv. Uma vontade imensa de pegar o telefone e dizer coisas melosas. É amor, sempre foi, nunca deixou de ser. Só caiu na mesmice. Ai meu amigo, vem a parte mais difícil: você quer ter por perto, mas não tão perto. Porque quando é amor, sempre tem que ter um pinguinho de saudade, pra fazer valer a pena o reencontro, pra deixar mais doce a volta. Pois, como diria o velho Mário: ''A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ...  Mas como é difícil!''

(Nathália Pereira)

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